A nova proposta foi comunicada em Acra pelo ministro dos Negócios Estrangeiros do Mali, Abdoulaye Diop, ao presidente em exercício da CEDEAO, o chefe de Estado do Gana, Nana Akufo-Addo.
O chefe da diplomacia do Mali explicou à televisão pública do seu país que Akufo-Addo tomou nota do seu pedido, que será analisado pelos Estados-membros da organização sub-regional africana.
Os resultados das consultas realizadas nos últimos dias no Mali entre as diferentes forças políticas e sociais do país propõem estender o período de transição entre seis meses e cinco anos.
Tal implica adiar a data das eleições marcadas para fevereiro próximo para que o país possa voltar a recuperar a legitimidade constitucional.
A data de fevereiro foi uma exigência da CEDEAO, da qual o Mali faz parte, para retirar as sanções impostas a Bamako após os dois golpes militares de agosto de 2020 e maio de 2021.
À semelhança da França, antiga potência colonial do Mali, a CEDEAO exige que Bamako respeite o período de transição estabelecido em 18 meses após o primeiro golpe de Estado, que termina em fevereiro, quando devem ser convocadas eleições presidenciais e legislativas.
Mas outros países como China, Rússia, Argélia e Marrocos apoiam a posição da junta militar e pedem que se leve em consideração a atual situação de insegurança no Mali, marcada pela atividade ‘jihadista’.
O atual Governo maliano não controla grande parte do país, particularmente o norte e o centro, onde a administração central está praticamente ausente, e os ataques realizados por diferentes grupos ‘jihadistas’ estão a aumentar.
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