Pai e filha resgatam as raízes e mantêm cultivo de uva Goethe em SC
Uma das famílias que decidiu manter o legado da uva Goethe no Brasil foi a dos Pellegrin. Seu João utilizou o conhecimento que aprendeu com a avó muitos anos atrás e, em meio à fase de baixa no plantio que quase extinguiu a rara espécie da fruta na região, superou um grave problema de saúde para continuar trabalhando nos parreirais até hoje, aos 80 anos.
Nem tudo foi na vida de Seu João. Pouco tempo após começar a plantar a Goethe, ele percebeu que não passava muito bem. E ao fazer exames, descobriu que vivia uma condição séria.
“Eu comecei a me sentir muito cansado e, quando fui ver, estava com o começo de um câncer. Mas não desisti, falei assim: ‘Vou lutar, quero chegar ao fim do parreiral, quero ver produzindo o negócio’. E, graças ao bom Deus, eu me curei, estou aqui com toda a saúde. E tenho que agradecer isso a Deus”, disse o aposentado. 1 de 1
João e Giovana seguem na tradição familiar da produção da uva Goethe — Foto: TV Globo/Reprodução João e Giovana seguem na tradição familiar da produção da uva Goethe — Foto: TV Globo/Reprodução
João aprendeu a plantar as uvas Goethe com a sua avó. E decidiu manter as tradições dos seus mais antigos.
“Ficou no sangue, né. Resolvi, então, plantar para reviver o passado!”, completa.
A continuidade do cultivo das uvas Goethe não ficou apenas com ele. A sua filha, Giovana, deu sequência ao legado da família e aprendeu a plantar. E não só isso: cuidou da propriedade do pai, expandindo as plantações e principalmente cuidando das matas. O resultado disso é ótimo para a sociedade: 25% da propriedade é área de preservação ambiental.
“Essa área é intocada. Nem para trilha a gente não libera. Essa área fica de preservação mesmo. É a filosofia de resgatar essa natureza, que já foi muito devastada aqui nessa região”, diz a administradora.
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